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Imagem de fancycrave1 por Pixabay

Água: 7 invenções incríveis que mudaram o mundo

O mundo está em constante desenvolvimento e as invenções não param de surgir: a criação de remédios mais eficazes, de objetos que facilitam a vida cotidiana e sistemas de tratamento de água e esgoto mais eficientes são alguns importantes exemplos. Assim, apresentamos aqui algumas extraordinárias invenções que foram de grande importância para nós humanos e que tem uma forte ligação com a água, nosso recurso mais importante!

1. Barco: 

Os barcos são utilizados há muito tempo, há 10 mil anos já eram usados por povos da antiguidade. Segundo Costa (2013) em 1783 foi lançado o primeiro navio movido a vapor e em 1819 o Savannah, contando com rodas de pás, levou quase um mês de um lado a outro do Oceano Atlântico, entre os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1845 deu-se a substituição das rodas propulsoras por hélices, em 1870 expandiu-se o uso do aço em navios, em 1890 foi lançado o primeiro quebra-gelo: o Murtaja. Em 1897 foi apresentado ao mundo o primeiro navio movido a turbina, e em 1911 entrou em serviço o primeiro navio a diesel inventado pelo engenheiro alemão Rudolf Diesel (COSTA, 2013).

O transporte marítimo de mercadorias e de passageiros sofreu uma grande evolução e ao longo do tempo contribuiu muito para o desenvolvimento da ciência, principalmente quando os barcos e navios eram os únicos transportes capazes de atravessar continentes.

2. Motor a vapor ou máquina a vapor: 

É o instrumento que utiliza o vapor d'água como combustível para dar movimento a outras máquinas, teve sua origem na Inglaterra e foi um divisor de águas na vida do ser humano (CLUBE AMANTES DA FERROVIA, 2019).

Denis Papin e Thomas Savery, no final do século 17, desenvolveram os primeiros motores a vapor de uso prático, porém, a verdadeira revolução na área foi criada por Thomas Newcomen, em 1712 com o motor de Newcomen; o posterior grande avanço ocorreu em 1769 pelas mãos de James Watt, que criou uma máquina com um condensador que minimizava as perdas de calor e que possuía outras finalidades, como propulsão de moinhos e tornos (MEGA CURIOSO, 2017). A partir das modificações de Watt, os motores a vapor passaram a movimentar as primeiras locomotivas, barcos, fábricas, fundições e minas de carvão e constituíram a base da Revolução Industrial.

3) Chuveiro elétrico:

Essencial para um banho confortável, o sistema elétrico de aquecimento de água foi implementado no Brasil no fim da década de 1930, devido ao potencial de uso da energia elétrica ser maior que os outros. O inventor do chuveiro elétrico foi o brasileiro Francisco Canho, durante a Revolução Industrial, ao contrário de países como os Estados Unidos, em que o sistema de aquecimento a gás se desenvolveu nos anos posteriores à Revolução Industrial, o Brasil encontrou na rede elétrica a solução para a ausência de redes de gás nos centros urbanos (ELETROLUZ, 2020).

4) Vidro: 

O vidro já era conhecido há pelo menos 4.000 anos a.C.! Autores apontam os navegadores fenícios como os precursores da indústria do vidro, porém somente próximo ao ano 100 a.C. as técnicas de fabricação se desenvolveram. Época em que os romanos começaram a utilizar o sopro, dentro de moldes, na fabricação do vidro, o que possibilitou sua produção em série, o auge desse processo se deu no século XIII, em Veneza (CEBRACE).

No Brasil o comércio do vidro iniciou-se com as invasões holandesas no período entre 1624 e 1635 em Olinda e Recife, onde foi criada a primeira oficina de vidro, que fabricava vidros para janelas, copos e frascos. Com a saída dos holandeses, a fábrica fechou e o vidro só voltou a entrar no mapa econômico brasileiro em 1810, quando, em 12 de janeiro de 1810 o português Francisco Ignácio da Siqueira Nobre recebeu carta régia autorizando a instalação de uma indústria de vidro no Brasil (CEBRACE).

O vidro é um dos elementos mais úteis do dia-a-dia, sendo difícil não encontrar algo que não se beneficie de sua existência. Presente em objetos que vão de edifícios a smartphones, utensílios de cozinha, computadores, óculos, etc. (MEGA CURIOSO, 2017).

5) Canalização: 

Com o intenso crescimento da população, principalmente em centros urbanos, era cada vez maior a necessidade de água e facilidade de acesso às fontes existentes. Na América, “os incas e até mesmo civilizações mais antigas construíram complexos sistemas de canalização, os egípcios dominavam técnicas sofisticadas de irrigação do solo e armazenamento de líquidos, pois dependiam das enchentes do Rio Nilo entre 9000 a 4000 a.C” (MEGA CURIOSO, 2017).

6) Saneamento básico: 

Iniciados como simples depósitos subterrâneos cavados na terra, atualmente os sistemas de esgoto são verdadeiros labirintos que percorrem o subsolo de grandes e pequenas cidades (MEGA CURIOSO, 2017). As primeiras galerias de esgoto da história foram construídas em Nippur, na Babilônia; o Império Romano também desenvolveu, em 312 a.C., um sistema de abastecimento: O aqueduto Aqua Apia com aproximadamente 17 km de extensão, foram a primeira grande civilização que tratou o saneamento de fato; na Idade Moderna (1453 a 1789), desenvolveu-se a medição de velocidade de escoamentos e das vazões, além de  estabelecer que os rios, as fontes e as águas subterrâneas eram formadas pela chuva (E OS, 2017). .

No Brasil o saneamento tem seu primeiro registro no ano de 1561, quando o fundador Estácio de Sá mandou escavar o primeiro poço para abastecer o Rio de Janeiro, e a partir dos anos 1940, se iniciou a comercialização dos serviços de saneamento (EOS, 2017). 

7) Sistema de irrigação:

Estudos comprovam que em 4.500 a.C. já se usavam práticas de irrigação pelos Assírios, Caldeus e Babilônicos, no continente asiático, sendo que as grandes aglomerações que se fixaram nas margens dos rios Huang Ho e Iang-Tse-Kiang, na China (ano 2.000 a.C.), do Nilo, no Egito, do Tigre e do Eufrates, na Mesopotâmia e do Ganges, na Índia (ano 1.000 a.C.), se desenvolveram devido à utilização eficiente de seus recursos hídricos. O Brasil, com grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não baseou (no passado) a sua agricultura na irrigação, embora os registros mostrem que em 1589 os Jesuítas praticavam a irrigação na antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro (GIACOIA NETO).

Uma grande revolução foi a criação do sistema de irrigação chamado “pivô central”. Este sistema permitiu a irrigação de extensas áreas agrícolas e foi criado por Frank Zybach, agricultor de Nebraska nos EUA. Em junho de 1976, a revista Scientific American disse que o pivô central foi uma das maiores inovações mecânicas na agricultura. O sistema moderno de irrigação do pivô central percorreu um longo caminho e agora é um sistema controlado por computador com soluções de engenharia de alta tecnologia para os problemas de suportar o peso da água (IRRIGAÇÃO.NET, 2017). 

Você sabia que as revistas científicas são excelentes fontes de informações e dão credibilidade para as novas invenções? Essa semana temos uma entrevista com 2 editoras da Revista Águas Subterrâneas, Juliana Gardenalli e Stela Cota, elas falarão sobre a importância da publicação em revistas científicas e como os trabalhos são avaliados para garantir a qualidade da revista. A entrevista vai ao ar na sexta-feira, às 18:00. Inscreva-se no nosso canal do YouTube para não perder!

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